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Mairo talks to Steve about his studies and his interest in languages. Steve is confused about the geography of Brazil and struggles with his limited Portuguese. Most future podcasts will feature only native speakers!! Mairo conversa com Steve sobre seus estudos e seu interesse em línguas. Steve está confuso sobre a geografia do Brasil e esforça-se com seu português. Os podcasts futuros deverão trazer somente falantes nativos!
Steve – Bom dia, Mairo! Mairo – Bom dia Steve! S- Como estás? M- Eu estou bem e você? S- Muito bem, tudo bem, tudo bem.
Você é estudante em Londrina. M- Sim eu sou estudante em Londrina. S – Estudante de que matéria?
De que tema? M- Eu actualmente faço a faculdade, universidade de letras que é português e inglês, estou no último ano e eu também estudo japonês.
Por fora da faculdade.
Basicamente eu estudo línguas como você.
S- Porque você não estuda a língua japonesa na universidade? M – Primeiro porque não tem aqui na universidade, nessa universidade de londrina não tem habilitação, não tem a língua japonesa.
Só tem o inglês e aí eu acabei estudando o inglês e deixei o japonês por fora.
Mas é melhor porque daí eu posso estudar o japonês por minha conta.
E isso é mais divertido, mais sossegado. S- Não há uma faculdade de língua portuguesa na Universidade de Londrina? M – Língua Japonesa ou portuguesa? S – Língua Japonesa. M – Sim japonesa.
Em londrina não, mas em algumas cidades maiores, como São Paulo.
Você conhece?
Eu acho que você conhece São Paulo. S – Eu conheço.
Sim.
Em São Paulo há muita, muita gente de origem japonesa.
M – São Paulo é a maior…não é a capital do Brasil, não é. A capital é Brasília e em Brasília tem faculdade de japonês também, mas onde tem mais pessoas descendentes de japoneses é em São Paulo e lá tem.
Na USP, que é uma das maiores universidades do Brasil, tem o curso de língua japonesa.
Mas eu acabei optando por fazer inglês aqui porque também a faculdade não é somente inglês, envolve línguas e outras coisas.
E aí eu acabei ficando por aqui em Londrina mesmo. S – Há outras línguas, outras que inglês, na faculdade? M – Inglês. S – Só inglês?
Não francês, espanhol…? M – Não.
Tem espanhol e francês. S – Espanhol e francês. M – São outros cursos, né?
(informal não + é = né) S- E quantos estudantes há na Universidade de Londrina? M- De londrina?
Crio eu que uns vinte e cinco mil. S- E a cidade de Londrina?
Qual é a população de londrina? M – Uns 500 mil.
Mas acontece que aqui em Londrina, como é uma cidade do interior… Sabe o que é o interior? S – Sim.
E como é o clima, o clima em Londrina?
É parecido com o clima de São Paulo?
Ou é diferente? M – Sim é parecido.
É quente.
São Paulo é quente.
Parece um pouco com São Paulo.
Talvez São Paulo seja até um pouco mais frio.
Mas aqui em geral não faz muito frio, não.
É calor a maior parte do ano.
Não tanto como o Rio de Janeiro, o Rio de Janeiro é bem mais quente.
S – Quantos quilómetros de São Paulo a Londrina?
(incorrecto: A quantos quilómetros de distância está Londrina de São Paulo?
) M – Não sei.
De Londrina?
Quantos quilómetros eu não sei. S – Não sabe. M – Eu sei é oito horas de ônibus.
(ônibus = português do Brasil.
Autocarro = português de Portugal). S – 8 horas de ônibus.
M – É. S – E Belo Horizonte? M – Belo Horizonte eu não sei, mas é mais longe.
É mais longe. S – Mais longe.
Mais no interior do que Londrina? M – Como assim?
Não estou entendendo. S – Se Belo Horizonte é mais no interior, mais a oeste de Londrina? M – Belo Horizonte é mais longe que São Paulo. S – Em que direcção? M – Noroeste. S – Noroeste… M – Noroeste não.
Nordeste, nordeste.
Agora eu me compliquei. S – Eu não tenho uma boa ideia da geografia do Brasil M – Não, eu também não. S – Ok. M – Sabe é porque eu nasci no Rio Grande do Sul, que é o estado mais ao sul do Brasil.
S – Perto do Paraguai? M – Perto do Uruguai. S – Uruguai. M – Perto do Uruguai.
Tanto que o meu português… eu falo com um pouco de sotaque do sul.
Um pouco só, porque eu perdi.
E aí eu vim para Londrina, que ainda é no sul do Brasil, e então essas regiões mais para o norte do Brasil, ou mesmo no centro, eu não conheço muito.
Acabei não viajando muito pelo Brasil. S – Se vais ao norte é ainda mais quente que no sul? M – Sim, ainda é mais quente. S – É mais perto do equador? M – É. Da linha do Equador.
O sul do Brasil é bem frio.
É bem frio, mas não tem neve. S – Quais são as principais actividades comerciais, económicas, no sul do país? M – Muita actividade agrícul.
(agrícul = português do Brasil.
Agrícola = português de Portugal) … Eu acho que tanto plantação tanto como criação de gado.
Criação de gado é criação de bovino, bois, vacas, né?
Tanto que o sul do Brasil, não aqui no estado que estou que é o Paraná, mas sim no Rio Grande do Sul onde eu nasci, é um estado famoso pelo churrasco.
Você conhece churrasco?
S – Uhmuhm. M – Sim, porque é um estado que tem muita criação de boi, vaca, bovinos, né? S – E a gente come sobretudo carne de vaca? M – Sim, come carne de vaca.
No Rio Grande do Sul come-se vaca, ovelha também, bastante. S – E as pessoas bebem vinho ou cerveja, ou quê?
O que bebem, o que é mais popular? M – Mais popular é a cerveja. S – Cerveja.
Mais popular do que o vinho? M -Sim, mas o Rio Grande do Sul, o estado do Rio Grande do Sul, ele tem a imigração de italianos, espanhóis, e então… alemães também.
Então tem por exemplo a festa do vinho no Rio Grande do Sul, tem muita plantação de uva, né?
Então, mas tem essa tradição, mas no final o mais popular, assim mesmo, o que o pessoal mais bebe, eu acho que é a cerveja. S – A cerveja, ok.
Muito interessante.
Vamos falar até aqui, ok? M – Ok. S – Muito obrigado, muito obrigado.
E até à próxima. M – Até à próxima. S – E desculpa-me pelo meu português, que é muito ruim, muito mau. M – Não, eu acho que está muito bom. S – Adeus. M- Adeus.