Differences Between Portuguese from Portugal and Portuguese from Brazil

This and all episodes of this podcast are available to study as a lesson on LingQ. Try it here.

In this podcast Susana talks about some differences between Portuguese from Portugal and Portuguese from Brazil. (Neste podcast, a Susana fala de algumas diferenças entre o Português de Portugal e o Português do Brasil).

Olá, bem-vindos a mais um podcast do LingQ.

Este podcast vai ser um pouco diferente.

Hoje não tenho ninguém comigo para conversar.

Ainda tentei falar com uma amiga brasileira, mas nesta altura os estudantes têm todos muito trabalho.

A verdade é que vou fazer monólogos para falar de gramática.

É mais simples.

Mas não se preocupem que os diálogos vão manter-se: especialmente para falar de temas relacionados com o quotidiano: férias, restaurantes, desporto, hábitos, etc.

Pois, o tema de hoje é as diferenças entre o português de Portugal e o português do Brasil.

Alguns dos alunos do LingQ têm demonstrado algumas dificuldades em perceber as diferenças e ficaram mesmo confusos acerca disso.

Mas a verdade é que as diferenças não são assim tantas e não é assim tão problemático.

Não façamos uma tempestade num copo de água.

Em primeiro lugar, a principal diferença entre o português de Portugal e o do Brasil é o sotaque.

Os brasileiros falam português talvez de uma forma um pouco mais alegre.

Abrem mais a boca e as sílabas são mais fáceis de perceber.

Eu vou dizer-vos alguns exemplos de como é que os brasileiros pronunciam as palavras.

Na transcrição está escrito como é que se lê, entre parêntesis.

O meu nome é Susana.

(O meu nomi é Susaná)

Eu moro em Portugal.

(eu móro em Portúgau)

Esta é a maneira como se lê em português do Brasil.

Em português de Portugal seria:

O meu nome é Susana

Eu moro em Portugal

Como podem ver, uma das características principais da pronúncia no português do Brasil é que quando as palavras acabam em “L” lêem-se “au”.

E agora vou dizer algumas palavras como os brasileiros: Portugal, legal, banal.

Em português de Portugal seria: Portugal, legal, banal.

Para além disso, também o “de“ se lê de maneira diferente.

Lê-se “dxi/dji”.

Alguns exemplos: saudade, dificuldade, verdade.

Estas diferenças de pronúncia não são importantes e quem está a aprender português não se deve preocupar com isso.

Mas alguns dos alunos do LingQ já deram este erro e este sim é grave.

“as” no fim de algumas palavras, em português do Brasil acrescenta o som de um “i”.

Por exemplo, mas.

Os brasileiros dizem “mas” (mais) e “mais”.

O problema aqui é, se quiser dizer “mas” (but) apesar de oralmente, no Brasil, se dizer “mais”, não pode escrever mais.

A maneira correcta de escrever but em português é “mas”.

“Mais” significa plus, more, etc.

Por isso, os brasileiros dizem: eu gosto de estudar, mas prefiro praia.

E os portugueses dizem: eu gosto de estudar, mas prefiro praia.

Aqui dá para ver que o português de Portugal é mais fechado, parece um pouco mais frio do que o do Brasil.

Outra diferença grande entre os dois tipos de português é o tratamento.

No Brasil, por norma, o outro é tratado por você – apesar de ser a forma formal de tratamento, é usada pelos brasileiros de forma indiscriminada.

No Brasil raramente se usa o “TU”, só em algumas regiões, como por exemplo no Rio Grande do Sul, como o Mairo explicou.

Em Portugal é normal e mais frequente as pessoas se tratarem por “tu”, sendo que o “você” é usado apenas formalmente – em todo o país.

No entanto, há um sítio no Brasil onde se usa a forma tu incorrectamente.

No rio de Janeiro é normal, principalmente entre os jovens, que se diga: “tu vai à praia, hoje?”.

Mas aqui há um erro grave e que não deve ser feito: usar a segunda pessoa do singular, “tu”, e conjugar o verbo na terceira, “vai”, que diz respeito ao ele/ela/você.

A forma correcta seria: “tu vais à praia, hoje?”.

Ou como os portugueses dizem: “tu vais à praia hoje?”

Outra questão que foi colocada nos fóruns do lingq foi a maneira de escrever entre os dois países.

Na verdade, o Brasil aboliu todas as consoantes mortas – que não são pronunciadas – e Portugal não.

A palavra “jacto” é escrita com o “c” antes do “t” em Portugal, mas no Brasil escreve-se sem “c”: “jato”.

O mesmo acontece com “óptimo”/”ótimo”, “exacto”/”exato” e por aí adiante.

Este não é um problema.

A solução é seguir uma ou outra maneira de escrever.

Se escolher escrever como em Portugal terá de o fazer em todas as palavras e não usar uma ou outra forma.

Esta questão deu lugar a uma grande discussão em Portugal e nos outros países de língua portuguesa, e está a ser estudado um acordo ortográfico entre os países.

Este acordo está em vias de ser aplicado e tem suscitado alguns problemas.

Uma das decisões tomadas é abolir, como o Brasil já fez, as consoantes mortas.

Mas esta decisão não é bem aceite pelas comunidades, principalmente em Portugal.

Os portugueses acham que a maneira brasileira não é a melhor e que a língua portuguesa assim vai ser transformada em brasileira.

Portanto ainda não se chegou a um acordo definitivo.

Na literatura, o estilo brasileiro e o português são diferentes em algumas alturas, mas ambos estão correctos (portuguese from Brazil: correto): é apenas uma questão de estilo.

Aconselho-vos a conhecerem as duas maneiras de falar português e que leiam literatura portuguesa oriunda de diversos países.

De Portugal aconselho a que leiam Miguel Sousa Tavares.

O “Equador” é um bom livro sobre as ligações entre Portugal e África.

Literatura portuguesa de Moçambique: aconselho-vos a lerem qualquer um dos livros do Mia Couto.

E autores brasileiros… acho que um bom livro é “o meu pé de laranja lima” do escritor José Mauro de Vasconcelos.

E pronto, espero que não se preocupem muito mais com as diferenças de português de Portugal e o do Brasil.

Se tiverem duvidas e so falarem comigo no fórum.

Eu volto para a semana com mais um podcast de língua portuguesa do LingQ

Tchau!

Susana and Martim talk about Lisbon

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Susana: Olá, bem-vindos a mais um podcast do LingQ.

Este é o de língua Portuguesa.

O meu nome é Susana, vou estar a substituir o Mairo nos próximos tempos, uma vez que ele anda um bocado atarefado com as aulas e com a faculdade.

Eu também estou na faculdade, estou a estudar jornalismo e hoje tenho comigo o Martim.

O Martim está a estudar electrotécnica, engenharia electrotécnica no instituto superior técnico, somos os dois de Lisboa, moramos nos arredores e hoje vamo-vos falar de Lisboa, a capital de Portugal.

Tenho o Martim comigo, em especial, por ele ter vivido em criança no Bairro Alto.

Com quantos anos é que moraste no Bairro Alto?

Martim: Sim, eu morei no bairro alto dos… desde que nasci até aos cinco anos, mais ou menos, com os meus pais.

E a minha casa era no inicio do bairro alto, na rua das gáveas.

S: O Bairro Alto é um dos pontos emblemáticos da cidade de Lisboa, em primeiro lugar porque, pela sua, pelas características das ruas e das casas.

As ruas são estreitas, o chão é feito de calçada portuguesa.

São prédios de dois, três andares, coloridos, alguns até pintados pelas pessoas que agora gostam de fazer grafitis nas paredes.

Mas o mais especial do bairro alto é o seu lado bairrista.

Já há alguns anos o bairro alto começou por ser um sítio de fado, onde as pessoas iam cantar fado.

As pessoas saiam do trabalho, principalmente quem em Lisboa e iam para o bairro alto cantar, cantar fado, tocar guitarra, beber um vinho… E também… O bairro alto também começou a ganhar esta vida de noite devido aos jornais, porque muitos jornais se situaram no bairro alto e como eram matutinos, isto é, como saiam de manhã, o trabalho, a vida nocturna do bairro alto começou a desenvolver-se muito por causa disso.

Pronto, mas, em suma, o bairro alto é conhecido principalmente pela noite.

E mesmo hoje em dia apesar de já não haver tantas casas de fado e de não haver tantas pessoas que cantem fado no bairro alto, essas casas foram sendo substituídas por bares e em vez de irem pessoas mais velhas cantar fado e ouvir fado, vão para lá agora os jovens.

M: Sim, agora o bairro alto é muito conhecido pela noite é pelos jovens.

Eles enchem os bares, há uns bares pequenos, com bebida barata.

Eles vão para lá e ficam a beber cá fora e a conversar na rua, porque o trânsito é proibido nesse bairro.

E pronto, as pessoas gostam de ir para lá.

S: as pessoas gostam de ir para lá principalmente também porque não precisam de estar fechados num bar, como o Martim disse.

O transito é proibido, no bairro alto.

Foi uma medida que foi tomada por iniciativa dos moradores – proibir o transito nas ruas do bairro alto.

E principalmente no verão é muito agradável estar com um copo de cerveja na mão, e muito comum!, cir para a rua, sentar-se no… as pessoas sentam-se no passeio e ficam a conversar e a beber até às quatro, cinco da manhã que é quando fecham os bares.

O bairro alto por ser muito conehcido pela noite também tem muitos dos problemas que a noite traz.

M: Sim, aliás foi por isso que os meus pais quiseram, que os meus pais quiseram sair do bairro alto.

É porque à noite há muita confusão, como há muita gente que vai para o bairro alto que faz muito barulho, não se consegue dormir, às vezes as pessoas ficam bêbadas e não dão um bom ambiente, nem um bom sentimento de segurança.

Também foi por isso que os meus pais quiseram sair do centro de Lisboa: para fugir à confusão.

S: Mas continuas a querer morar em Lisboa?

Espera, antes disso: antes disso, nós não falámos disso e acho que era importante é que as casas no bairro alto são prédios de dois, três andares.

Os andares térreos é que são bares e restaurantes, os de cima costumam ser habitação própria, individual e muitas das pessoas que lá vivem já são de uma, com uma certa idade, não é?

Tipo, quarenta, cinquenta, sessenta anos: que já não estão com paciência para aturar miúdos com bebedeiras durante a noite.

M: Sim, mas também há alguns jovens que começam a comprar casa no bairro alto, para aproveitarem melhor a noite e é só descer as escadas e ficam lá à porta da confusão e da noite.

S: Sim.

Mas os teus pais saíram de Lisboa para Oeiras, que é um dos subúrbios da cidade, mas tu continuas a querer morar em Lisboa

M: Sim, eu gostava, depois quando acabasse… quando acabar o curso, gostava de ir morar para Lisboa outra vez.

Talvez em Alfama que é outro bairro do género do Bairro alto, portanto bastante típico e numa colina, mas que ainda não está tão explorado pelos bares e pelas empresas da noite.

S: Pronto, a Alfama, a zona da Alfama, também é um bairro lisboeta, numa das colinas de Lisboa, porque Lisboa tem sete colinas.

Alfama é perto da sé, que é uma das igrejas mais emblemáticas da cidade, e é conhecida também por, pelo seu lado bairrista: todas as pessoas se conhecem, vê-se roupa estendida nos prédios e uma das coisas de que eu mais gosto em Alfama é de um dos miradouros.

Agora não me lembro do nome.

M: Acho que é miradouro de Santa Luzia.

S: Miradouro de Santa Luzia, que tem uma vista sobre o rio Tejo e até está um bocado velho, mas acho que é um miradouro e um lugar muito bonito para se passear.

Eu também gostava de morar em Alfama, mas também gostava de morar na Lapa ou no príncipe real, até porque tem uns jardins bonitos e porque também é uma zona bastante característica da cidade.

M: Sim, a Lapa é uma zona um bocado diferente destas que falámos.

É uma zona rica, com… onde vivem pessoas ricas também.

As casas lá valem quase o triplo das casas do bairro alto.

Nessa zona há assim um jardim muito conhecido, que é o Jardim da Estrela.

Há muitos, as pessoas costumam ir passear muito para esse jardim.

Há muitos idosos lá a conversar, namorados.

Há lá um café onde os estudantes vão estudar.

Pronto, tem um bom ambiente e está perto, está no centro da cidade quase.

S: Sim, a verdade é que tanto eu como o Martim, por morarmos nos arredores de Lisboa, também nos sentimos muito atraídos pela cidade e gostávamos de morar no centro, porque ir para Lisboa todos os dias dos subúrbios é muito stressante, demoramos muito tempo e estar no centro da cidade dá-nos outra mobilidade.

M: Pois.

Sim, vir para Lisboa todos os dias é bastante cansativo.

Eu fico, pronto, fico quase uma hora em transportes para ir de minha casa até qualquer sítio de Lisboa.

Demoro sempre uma hora, e mesmo assim na hora de ponta é mais rápido ir de transportes do que de carro.

De carro pode-se demorar ainda mais do que uma hora, depende do trânsito.

S: A faculdade do Martim é mesmo no centro, na Alameda, mas mesmo que moro num dos limites da cidade… Que moro?

Que estudo!

Num dos limites da cidade, que é Benfica, também demoro mais ou menos uma hora de transportes, transportes públicos.

Se fosse de carro ia demorar o mesmo ou até mais, porque de Oeiras mesmo indo pela auto-estrada com trânsito demora-se muito tempo.

Mas temos de dizer que o Martim vai para Lisboa todos os dias mas tem a mesma instituição e o mesmo curso em Oeiras.

Porque é que não ficaste cá, afinal, a estudar?

M: Porque gosto bastante mais de Lisboa do que de Oeiras.

E pronto, já moro há imenso tempo em Oeiras, por isso gosto de mudar de ares.

E além disso o técnico da alameda tem mais prestígio ou é mais conhecido do que o de Oeiras.

S: Sim, na verdade o instituto superior técnico é uma das melhores faculdades de engenharia, porque para além de ser bastante antiga tem uma grande tradição nessa área.

Por outro lado a Alameda é muito central em Lisboa também por ser onde está localizado o instituto superior técnico.

Porque muita gente estuda lá e muita gente trabalha lá

M: E muitas empresas se formaram à volta do técnico por causa disso.

S: sim, mas a zona mais empresarial de Lisboa é… Quê?

As Amoreiras?

Ao pé do Marquês de Pombal que é uma praça… Mas há coisas bem mais bonitas para ver em Lisboa.

O que é que tu aconselhavas a ver, Martim?

M: Aconselhava as pessoas a verem o castelo, Belém…

S: Mas pronto, a verdade é que Lisboa é uma cidade muito bonita: com muito sol, com muitos sítios para ver, com o rio, com monumentos… Mesmo as pessoas: as pessoas são bonitas e bem-dispostas, por isso… Mas acho que quem quiser conhecer Lisboa a sério não é com este podcast, obviamente, tem é que vir a Lisboa e comprovar a beleza da cidade com os seus próprios olhos.

Bem, nós vamos ficar por aqui, acho que já falámos de mais e se quiserem depois podem ter a transcrição no site W W W ponto portugueseLINGQ ponto COM (www.portugueselingq.com).

E eu volto com mais um podcast para a semana.

Tchau!

M: Tchau!

Mairo and Ayla: “Sotaque Gaucho”

Want to study this episode as a lesson on LingQ? Give it a try!

Mairo and Ayla talk about the “Sotaque Gaucho”, which is the Rio Grande do Sul’s portuguese accent. Rio Grande do Sul is a state of Brazil where Mairo was born. (Mairo e Ayla falam sobre o “sotaque gaucho”, que é o sotaque no Rio Grande do Sul. O Rio Grande do Sul é um estado no Brasil onde o Mairo nasceu).

M: Hoje vamos falar do sotaque gaúcho, pela terceira vez.

A: Em cem assim

M: Não, eu vou explicar: porque a gente gravou este podcast falando do sotaque gaúcho acho que umas duas ou três vezes sempre dava algum problema, ou é o formato do meu computador ou eu estou editando o podcast e o programa trava ou assim… e aí eu perdi o arquivo.

Então a gente já gravou umas duas ou três vezes e sempre que eu vou colocar ele no ar…

A: Não dá.

M: É. A gente gravou… a gente já falou de.. nesse podcast..

A: A gente já sabe tudo decor, já sabe tudo o que tem para falar.

M E agente já sabe tudo o que tem para falar porque… eu acho que você está falando baixinho.

A: Acho que não.

M: Está sim, oh da para ver no gráfico da sua voz.

A: Não, está igual ao seu.

M: A gente vai falar do sotaque gaúcho que é o modo como as pessoas falam no Rio Grande do Sul, o estado onde eu nasci e onde a gente passou as férias esse ano, há uns meses atrás.

Você é que vai falar Ayla.

A: Eu?

M: É. O que é que tem lá de diferente, no modo de as pessoas falarem, no Rio Grande do Sul?

A: Bom o tu, que é o mais, o que a gente mais vê, assim, de diferente, que eles usam em vez de você, né, que é diferente, a gente não escuta muito, tanto que a gente vê alguém falar tu, a gente já sabe que é do Rio Grande.

M: Como por exemplo?

A: Ah é, tu vai ao supermercado.

A gente falaria você vai ao supermercado, né?

M: Uhmuhm

A: Temos…

M: Aí então em vez de falar “você estuda inglês”, lá no Rio Grande do sul fala tu, né, “tu estudas inglês”?

A: É.

M: E conjuga o verbo você estuda.

Lá no sul falaria, “tu estudas, tu estudas inglês”, né, em vez de “você estuda inglês”, que nem no resto do Brasil, né?

A: Sim.

M: Que mais?

A: Que mais.

Ah, tem as interjeições, né, que eles falam o “bah”, o “tchê”, né?

M: Isso aí é um pouquinho mais complicado, né.

A: É, mas é bem diferente, é mais complicado de alguém que estuda assim que estuda, perceber.

E alguém falar “ah isso daí não se fala”… é complicado.

M: A gente tá falando, a Ayla falou de interjeições, são algumas expressões que se usam no Rio Grande do Sul, por exemplo “bah”.

Não é uma palavra, não tem um significado específico, mas é usado para indicar surpresa.

Por exemplo, você fez uma prova e a prova era muito difícil então no sul fala “bah, a prova estava muito difícil”.

A: “Tri”.

Estava “tri” difícil.

M: Ahñ?

Eu falei?

A: Não, mas também tem o “tri”.

M: É, então tem essa interjeição “bah” que eles falam no sul para indicar alguma surpresa ou alguma quantidade grande… alguma coisa forte.

E tem o “tri” que agora a Ayla acabou de falar que em vez de falar muito..

A: Tem o “tri”.

M: É, em vez de falar muito fala “tri”.

Por exemplo, essa da prova que nem eu disse, aqui falaria “a prova está muito difícil”, mas no sul eles falam, teria essa interjeição: “bah a prova estava tri difícil”.

A: É. E o “tri” usam para muitas coisas, seja muito.

É “tri” legal, é “tri” louco é “tri” bonito.

É tudo “tri”.

M: É, no lugar do muito.

A: Usam o “tri”.

M: Mas esse “tri” é bem do rio grande do sul, porque o tu ele é uma coisa que bem… no português existe o tu, só que ele não é muito usado.

(No português de Portugal o tu é usado na maior parte das vezes, sendo que o você e informal).

A: Sim.

M: É usado no Rio Grande do Sul.

Agora o “tri” já é uma coisa bem peculiar assim

A: É

M: Se você falar tu fora do Rio Grande do Sul não tem grande problema, agora se você falar “tri” com certeza vão saber que você é do Rio Grande do Sul.

A: Sim.

E o “bah” e o “tchê” também.

M: É, o “bah” e o “tchê” é outra, outra…

A: Interjeição.

M: Mas o “tchê” significa algo como você.

É difícil explicar, mas…

A: Eu não sabia.

M: Se você falar “bah tchê”.

Esse ”bah” é a interjeição, mas o “tchê” está-se referindo à pessoa.

“Bah tchê a prova estava tri difícil.” Em São Paulo fala meu.

Mas meu literalmente quer dizer alguma coisa que é minha, que é de minha pose.

Mas nesse caso quer dizer, indica a outra pessoa não sei porquê.

A: É, é a gíria ne (gíria = português do Brasil; calão = português de Portugal; gíria em Portugal significa o vocabulário especializado, como por exemplo a gíria médica, a gíria jornalística) que a gente acaba tendo assim em algumas regiões, a gente tem algumas gírias que mudam, né, conforme a região.

Temos várias gírias.

M: É. Então essas interjeições, essas coisas como “bah”, como “tchê” é… O ideal seria pegar nalgum texto, algum áudio, que tenha, que seja do Rio Grande do Sul para você escutar e aprender.

A: Sim, porque não é no dicionário que você vai encontrar.

M: É, não para aprender, mas só para conhecer.

É interessante.

O “tri” já é mais, um pouquinho bem mais, característico mesmo.

E a última coisa que eu vou falar é que o jeito de falar também muda, que é mais cantado, né?

A: É.

M: Fala mais, talvez se vocês notarem o meu sotaque, porque eu nasci lá, é um pouco mais, como se fosse mais musical, assim…

A: É complicado.

Só vendo, sabe, só escutando alguém de lá mesmo, escutar alguma pessoa aqui de Londrina aqui, por exemplo, escutar a gente falar e escutar alguém do Rio Grande do Sul falar.

Junto.

É bem diferente.

M: É, escutando eu falar acho que dá para notar um pouco, eu acho, mas..

A: Não sei..

M: Não tanto quanto uma pessoa no Rio Grande do Sul mesmo porque no Rio Grande do Sul, eu moro em Londrina há seis anos e o meu sotaque está bem mais fraco do que…

A: Sim.

M: Mas só isso que eu falei agora “está bem mais fraco”, aqui em Londrina não fala “meu sotaque está bem mais fraco”, não desse jeito.

A: É, não sei.

M: Esse jeito que eu falo ainda é um pouquinho do Rio Grande do Sul, algumas pessoas notam, né, que o meu jeito de falar é diferente.

A: Outra coisa que tem também é o R, que muda.

Que o nosso é bem puxado.

M: É, a letra “R” no Paraná principalmente vai falar por exemplo porta.

A: Não.

M: Porta, a palavra porta, no Rio Grande do Sul fala porta.

Esse “R” bem… porta, porta.

E no Paraná fala porta.

A: É um “R” mais…

M: Porta, a gente fala que é meio caipira.

A: É. Na verdade, Londrina é no interior, Londrina é interior e a gente fala assim, né?

M: É, mas então esse “R” também é característico do Rio Grande do Sul.

Mas esse “R” muda pelo Brasil inteiro, então…

A: Sim, é diferente em Coritiba, em São Paulo…

M: No Rio Grande do Sul esse “R” forte de porta de verde, né, mas depois no Paraná, em São Paulo, no Rio de Janeiro, sempre vai mudar.

A: Sim

M: É diferente.

Bom, então é isso o sotaque gaúcho.

Hoje ficamos por aqui.

A: Hoje a gente vai postar.

M: Esse podcast.

Vai…

A: A gente não vai perder ele.

(em português de Portugal está errado dizer perder ele.

Diz-se perdê-lo)

M: Não vai dar problema, o sotaque gaúcho finalmente vai fazer parte do podcast do LingQ.

Então é isso aí, tchau para todo o mundo e acessa lá o site do LingQ.

Então tchau.

A: Tchau.

Mairo and Ayla: Londrina

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Mairo and Ayla talk the city of Londrina in south of Brazil. (Mairo e Ayla falam sobre a cidade de Londrina no sul do Brasil).

M: Bom é gravando aqui mais um podcast hoje com um dia de atraso, porque tivemos aí alguns problemas técnicos, e o podcast era para ter saído ontem, na sexta, e… mas a gente acabou gravando só hoje no sábado, e então, bom, vai sair… logo depois de gravar a gente já está fazendo o upload aí do podcast.

É… hoje eu e a Ayla, estamos aqui na casa da Ayla de novo e até queria pedir desculpa se houver algum barulho de fundo, porque a gente mora no centro da cidade, então tem muito barulho de carro e de movimento, então às vezes se tiver algum barulho no fundo é por causa do barulho da cidade e caso tiver algum barulho muito forte eu dou uma parada de falar e depois que baixar o barulho eu continuo.

A: Também passa avião aqui né, quando vem, pode passar algum avião e fazer fuuu.

M: É também tem isso porque o aeroporto é aqui perto então passam uns aviões aqui de vez enquando bem baixo, pousam…, oh ta passando um.

A: Está passando um jactinho aqui em cima.

M: É está passando exactamente agora.

É um avião de porte menor.

Dá para escutar?

Não sei se vocês conseguem escutar.

A: Eu acho que o jactinho não faz tanto barulho assim como aqueles grandes mesmo.

M: Então já que nós tamos falando de barulho, hoje vamos falar um pouquinho da cidade.

A gente mora aqui na cidade de Londrina, interior do Paraná, e o Paraná é um estado no sul do Brasil, para quem não conhece a geografia do Brasil.

É, Londrina não é a capital, a capital e Coritiba, mas é uma cidade grande, tem uns… quanto habitantes?

A: Basicamente uns quinhentos mil, mas já ta com quase seiscentos e cinquenta, por aí, mil habitantes…

M: É, uns 500, 600 mil habitantes, mais ou menos,

A: É, por ai.

M: Bom, o que a gente gosta aqui em Londrina…o que é que… tem várias coisas boas aqui, né, para uma cidade do interior.

A: A faculdade que é uma das melhores do Brasil, kendo-londrina, o que eu acho que faz, que é muito importante.

Eu acho que por Londrina, Londrina só tem setenta e dois anos, eu acho, e por ter essa idade assim ela cresceu muito.

Você vê Londrina assim ela é… tem porte de cidade grande, só que ela está crescendo ainda.

M: É. E outra que tem de bom aqui em Londrina… É uma cidade bem cultural.

A: É

M: Tem uns eventos, tem vários festivais.

A: Tem show de música, festival de jazz, festival de dança, tem o FILO.

O FILO é… Vem teatro de todo o mundo aqui apresentar…

M: É. O FILO é o Festival Internacional de Londrina, festival de teatro eu acho que se eu não me engano é o maior festival de teatro da América do Sul e vem grupos do mundo inteiro para se apresentar e com certeza o FILO é uma das maiores atracções da cidade.

A: E não e caro.

M: É, é barato.

Os ingressos são baratos.

É uma oportunidade muito boa, se você pretende vir a Londrina, vem na época do FILO.

Mas tem outros festivais.

Tem o festival de música é muito interessante.

A: Festival de jazz

M: O festival de jazz também.

Que é separado.

Tem um que é só de música, mais variado, e tem um específico de jazz.

Tem um festival literário?

A: É, o LONDRIX, né, que a gente chama de LONDRIX que é um festival literário, que tem até apresentação de poesia, apresentação de livros…

M: Esse é um festival ainda menor…

A: Acho que é o terceiro ano esse ano, se eles forem fazer.

Não faz muito tempo que tem o LONDRIX.

M: É, o festival literário está começando, mas os outros já têm mais tradição e para além desses vários festivais, bom tem a orquestra, também.

A: E que é muito importante.

A OSUEL, que é a orquestra sinfónica da UEL, da Universidade Estadual de Londrina, que a gente sempre vai ver, quando tem a temporada deles, que é muito bom.

Eu nem sei o que falar, é muito bom mesmo.

M: É, a orquestra da universidade é realmente muito boa e normalmente é difícil assim ter orquestra na sua cidade, na cidade que a gente mora, eu a primeira vez que eu fui assistir a uma orquestra ao vivo foi aqui em Londrina porque tem essa orquestra e tem os espectáculos ao longo do ano e são gratuitos, né, e é realmente fantástico.

Eu não gostava muito, não é que não gostasse, mas eu não escutava muito musica clássica, mas passei a gostar por causa que (POR CAUSA QUE é uma construção errada, tanto oralmente como na escrita, pelo menos no português de Portugal.

Por causa + que deve ser substituído por PORQUE) comecei a assistir às apresentações da orquestra, que é algo assim realmente …

A: Incrível.

M: Incrível mesmo.

A: Sem contar que a primeira peça que a gente assistiu foi o Bolero de Ravel e a gente…

M: É, é. Uma das primeiras foi o Bolero de Ravel que é uma composição…

A: Do Ravel.

M: Do Ravel.

Mas e fantástico e já assistimos também a outros compositores: Beethoven, Tschaicovsky , Mozart… Korsakov, recentemente, né.

A: O último foi o Korsakov.

M: É. O último foi o Korsakov.

E qual o outro?

A: Aquele Camilli Santini, não?

M: Não, não.

Aquele que a gente assistiu…Foram dois compositores.

A: Daquela fez?

Foi o korsakov e o Tschaicovsky.

Na verdade até foram três.

Não foi o Tschaicovsky?

M: Era um compositor famoso que fala que foi o sucessor do Beethoven.

Ah eu esqueci o nome.

A: Eu também não lembro.

Mas eu posso ver se você quiser.

M: Não, Não.

E que mais tem de bom em Londrina?

Deve ter mais um monte de coisa boa.

Mas assim basicamente na nossa área cultural …

A: Que abrange, o que a gente sabe aqui de londrina eu acho que é isso.

M: Tem vários festivais, a orquestra, o kendo, que a gente pratica e que é muito bom em Londrina.

A: Esse ano tem campeonatos em Londrina, né?

M: Uhmuhm.

Tem a universidade, eu estou no último ano.

A Ayla está entrando.

Bom tem mais coisas boas, mas…

A: A gente não conhece tudo de Londrina, para ficar falando muito…

M: A gente é assim.

A: A gente não conhece tudo de Londrina, mas basicamente é isso.

M: Espero que vocês tenham gostado então e que tenham ficado com uma boa imagem de Londrina no Brasil.

A: É uma cidade muito boa.

M: Se vierem para o Brasil venham para Londrina, tá?

A: Norte do Paraná.

M: É. Norte do Paraná, sul do Brasil.

A: Sul do Brasil.

Primeiro estado da região sul.

M: Uhmuhm.

Então hoje a gente fica por aqui.

Esse foi o LingQ, o portuguese LingQ quem quiser estudar mais português acessa o LingQ lá http://www.Lingq ( L I NG Q).com e estude a transcrição desse texto.

E é isso ai.

Aqui é o Mairo Vergara.

E a

A: Ayla.

M: Maomi.

A: Maomi

M: Ayla Maomi.

Então até mais, tchau.

A: Tchau!

Mairo and Pedro: Day to day

Study this episode and any others from the LingQ Portuguese Podcast on LingQ! Check it out.

Mairo e Pedro falam sobre seu dia a dia, o que eles fazem durante a semana e durante os fins de semana. Mairo and Pedro talk about their day to day in Brasil and Portugal.

M: Oi Pedro (oi = olá informal)

P: Olá, então tudo bem?

M: Tudo bem.

Tudo bem aí?

P: Tudo ok

M: Que horas e que são aí em Portugal agora?

P: Oito e meia.

E aí?

M: Oito e meia.

Aqui são seis e meia.

Duas horas de diferença.

P: De diferença

M: Bom, hoje vamos falar um pouco do nosso dia-a-dia.

P: Ok

M: Para o podcast de hoje…. Bom, então primeiro vou perguntar sobre o seu dia-a-dia.

E depois a gente vai falando … Fala um pouco.

Então.

Com é que é, o que é que você faz aí em Portugal?

P: Então, Durante a semana, nos dias úteis de escola, acordo… Tenho diferentes dias, acordo a horas diferentes, é muito chato.

M: A sua aula é pela manhã?

P: Começo de manhã.

Eu no meu caso tenho aulas mais ou menos à hora de almoço, o que é esquisito.

Por isso acabo e estou a comer o almoço às três ou às quatro.

M: É bem tarde, né?

P: Um bocado

M: Mas as aulas em Portugal elas são… É… tem dois turnos de manhã e de tarde?

P: Sim, quer dizer, agora na escola em que estou há anos… Por exemplo, no décimo ano normalmente havia aulas de manha, no décimo primeiro a maior parte das aulas é a tarde – o que não quer dizer que não haja algumas aulas de manhã.

E no décimo segundo há outra vez de manhã.

Que é para não haver muitos alunos na escola ao mesmo tempo.

Acho eu.

M: Sim.

P: Por isso, como eu estou com um pé num ano e com um pé no outro.

Tudo depende.

À quinta-feira passo o dia quase todo na escola e há outros dias em que chego lá e saio.

Quase.

M: E isso é… Em todo o país é assim?

Segue esse sistema?

P: Acho que sim, mas quer dizer, depende.

Há escolas privadas, por exemplo…. Eu tive numa em que, quer dizer, era interno, portanto dormíamos lá, começávamos as aulas de manhã, tínhamos aulas o dia todo…

M: Ah, legal!

(legal = português do Brasil; fixe = português de Portugal; means cool)

P: E depois no fim ainda tínhamos uma horas de desporto, mas era diferente.

M: Sim, e então você vai para a escola e o resto do dia?

P: Tenho aulas e quando volto normalmente venho descansar, venho para a net, estudo um pouco o meu alemão e tal…

M: Ficas mais em casa então.

P: Sim, sim.

De vez enquando saio com os meus amigos.

Mas isso já depende.

M: E no fim-de-semana ficas em casa?

P: Sim, depende.

Depende muito, se combinarmos ir ao cinema, eu e os meus amigos, pronto, ou se houver alguém que faça anos ou parecido combinamos um jantar ou parecido.

Mas de resto… sim.

M: Então normalmente você fica mais em casa do que…

P: Sim…

M: Do que sai.

P: Depois… pelo menos no Inverno é mais assim.

Depois quando começa a chegar o Verão, como moro perto da praia, já começamos a ir à praia uma vez por outra.

M: E bom acho que é isso.

Tu não fazes alguma coisa por fora da escola assim?

Alguma…

P: Actividade?

Neste momento não tenho feito grande coisa.

Mas já tenho treinado judo alguns dias por semana, mas agora estou a descansar.

Judo é uma arte marcial japonesa.

E… Mas agora estou a tirar umas férias, porque…

M: Umas férias…

P: Pronto.

Agora fora isso não estou a ver mais nada.

Acho que não.

Então e aí?

Já não estas na escola como eu, mas…

M: Eu estou na faculdade, né?

P: Pois, na faculdade sempre é diferente.

M: Sim, é. Eu estou no último ano da faculdade é bom eu basicamente né, as minhas aulas são somente à tarde na faculdade.

P: Sim

M: Então, assim, o meu dia-a-dia… Eu de manhã… Eu acabo ficando em casa e ou estudando ou trabalhando no meu blogue, né, que eu tenho blogue.

P: Pois, pois.

Não sei se já lá fui.

M: Como?

P: Não sei se já lá fui, mas…

M: Ah, depois é… até vou falar o endereço aqui que daí o pessoal também pode ir

P: Ok.

M: http://www.comoaprenderjapones.com

P: Ok.

M: É o meu blogue é sobre língua japonesa.

P: Pois.

M: É… trabalho no blogue, estudo japonês.

De manhã é a hora que eu tenho para cuidar dessas coisas.

P: Pois

M: Em casa.

E aí em tarde, não… aí vou para a faculdade eu normalmente ou almoço lá na faculdade, não almoço em casa, almoço lá e aí tenho aulas à tarde e aí à noite eu tenho Kendo… né?

P: Ah.

M: Que eu comentei no podcast passado.

E bom o Kendo é segunda, quarta e sexta.

(o feira está subentendido).

Terça e quinta, então, normalmente de noite eu descanso, porque nos outros dias estou sempre ocupado fazendo alguma coisa.

P: Pois.

M: E aí fico em casa, e fim-de-semana é muito difícil eu sair, acho que é um pouco parecido com você, só se eu for a um cinema…

P: Só se houver..

M: É, algum aniversário.

Aí mas normalmente fico em casa, em minha casa ou na casa da minha namorada e assisto a algum filme, alguma coisa… Mas eu sou muito, é, eu estudo bastante assim.

Então às vezes eu fico estudando, estudando, estudando e não faço mais nada.

P: Pois, nem nos damos conta das horas a passar.

M: É porque é uma coisa que eu gosto.

Normalmente estudo japonês ou trabalho bastante, bastante no blogue, mas o blogue… ou no LingQ, né, também.

E bastante, porque tudo isso… Aquilo é de ouvido.

P: Também passo algum tempo a estudar, mas quer dizer… é uma forma tão, tão leve de trabalho que nem me dou conta.

Para mim não é estudar, é brincar.

M: Sim.

È. Não é estudar.

Porque a gente, eu acho que quando a gente fala que fica estudando as pessoas pensam que…

P: Que estudam sobre os livros, queimar pestanas.

M: É, é isso mesmo.

Mas não é, na verdade eu fico no computador, sempre no computador, lendo, escutando, somente quando às vezes quando quero ler alguma coisa que é muito grande que eu tenho no computador eu tenho que, eu tenho que imprimir para ler.

P: Ah sim, para ler noutra altura.

M: É, mas normalmente eu acabo estudando muito mais essas coisas relacionadas com LingQ e tal, ou gravando esses podcasts… Do que…

P: Exacto.

M: Que é uma forma de estudo que eu gosto.

P: É, é a diferença das gramáticas e dos exercícios.

E da seca.

M: È. A diferença dos exercícios mais tradicionais e tal…

P: Exacto.

M: É mas acho que é isso que eu faço aqui.

Bom, agora eu estou de férias, né.

Então estou só…

P: Agora?

M: Sim, estou de férias.

P: Ah, pois!

Aí é Verão, não é?

M: Sim, é Verão.

Em Portugal não?

P: Aqui não, aqui é Inverno.

M: Ah, é isso.

P: É aquela, no… nos… como é que se chama?..

Hemisférios

M: Diferentes.

P: Exacto, é interessante.

M: É frio aí?

P: Por acaso…

M: Em que cidade é que você mora?

Eu não sei!

P: Como?

M: Qual é a cidade onde você mora?

Eu não sei!

P: Em Lisboa.

M: Ah, Lisboa!

Sim.

P: Realmente é esquisito, porque há dias em que está mais frio, mas hoje por exemplo esteve calor, não sei se isto é da poluição ou do aquecimento global.

É esquisito.

M: É, depende.

Aqui, por exemplo, onde eu moro o clima não varia muito.

P: Pois.

M: É quente, mas a maior parte do ano é quente, apesar de ser no sul do Brasil, não faz muito frio.

P: Pois, eu não sei muito bem como é que é, como é que isso funciona das temperaturas, mas o sul do Brasil ainda fica um bocado… Pronto, em zona de frio.

M: Aqui onde eu moro, em Londrina, é quente, não faz muito frio, mas mais no sul do Brasil, onde eu nasci, lá é mais frio, mas, por exemplo, não tem neve, né, não chega a nevar.

P: Pois, aqui também não, aqui é muito raro.

Só no norte de Portugal.

E é quando alguma coisa acontece.

De resto só na Serra da Estrela e é quando calha.

Porque de resto nada.

M: Sim, aqui é bem difícil também, só muito no sul do Brasil e muito, muito raramente.

Eu nunca, nunca vi, por exemplo, neve.

P: Eu vi há dois anos, mas foi uma coisa inédita.

Porque já não havia há uns 50 ou 20 anos.

M: Aqui no Brasil é a mesma coisa, só que no sul.

Aí é no norte.

P: É, no norte.

Já toda a gente sabe a fama do país quente e tropical.

Ok.

M: Bom acho que é isso, né?

P: É.

M: Por hoje um pouquinho do dia, daquilo que a gente faz.

Obrigado pela conversa, Pedro.

P: De nada, ora essa.

M: E, bom, quem quiser estudar o coiso é só ir lá http://www.lingq.com e dá uma olhada na transcrição.

Então, é isso aí.

Até mais Pedro!

P: Ok!

Até à próxima.

Mairo e Ayla: praticantes de Kendo

Want to study this episode as a lesson on LingQ? Give it a try!

Mairo and Ayla talk about Kendo, a japanese sport. They have been practing Kendo in Brazil for some years. (Mairo e Ayla falam sobre Kendo, um esporte japonês. Eles vem praticando o Kendo no Brasil por alguns anos).

M: Olá, aqui é o Mairo, tutor da língua portuguesa no LingQ e este é o portuguese LingQ.

Bom, hoje nós estamos aqui na minha casa, eu e a Ayla.

A gente vai falar um pouquinho sobre uma coisa que a gente faz aqui em Londrina, um esporte (esporte = português brasileiro; desporto = português europeu) que a gente pratica que é o kendo.

E …é bom, vou perguntar primeiro para a Ayla há quanto tempo que ela pratica?

A: Dois anos e meio.

M: Dois anos e meio, né?

A: Isso.

Dois e meio.

M: E eu já pratico kendo há cinco anos.

É?

A: Penso que sim.

M: É. Cinco anos.

Kendo é um esporte japonês…originário do Japão.

A: Esporte?

M: Não.

É um tipo de esporte… é como se fosse uma esgrima, né?

Só que uma esgrima japonesa.

A: É, basicamente.

Eu acho que as pessoas visualizam mais se a gente falar que tem a ver com samurais, né?

M: É.

A: Dá para visualizar melhor, assim, que a gente faz… do que uma esgrima.

Esgrima a gente pensa naquele negócio francês assim, né?

M: É, os dois usam espadas, né?

Só que a esgrima é aquela mais fina.

A: É, o sabre, né?

M: É, o kendo já usa… o kendo vem dos…é o que os samurais praticavam usavam aquela espada japonesa, a cataná.

A: Lógico que a gente não usa essa.

M: A gente usa espada de bambu, uma espada de bambu.

A: Para não enganar ninguém.

M: É, a gente tem uns protectores, segurança.

E é um esporte muito legal.

Eu comecei a praticar porque eu estudava japonês e eu aí… Acho que conheci uma pessoa, não me lembro bem ao certo, na escola de japonês que também praticava, e aí eu acabei conhecendo o kendo e comecei a praticar.

Isso há cinco anos atrás.

E a Ayla foi quando… Primeiro a gente começou a namorar, né, e depois de um tempo é que ela foi começar a praticar.

E, bom e o que você mais gosta no kendo, Ayla?

A: O que é que eu gosto?

M: É.

A: Eu acho que mais assim além do treino que eu acho eu depois do treino a gente se sente muito bem, até no treino assim, mas acho que a família, mais assim, que eu acho mais legal

M: Como assim?

A: A família, assim, do kendo, né, que a gente fala que quando você entra no kendo, assim, a gente fica mais uma família.

E eu selecciono das coisas que eles falam também, que eu acho que e o mais importante.

M: Realmente, É o kendo.. ele tem essa diferenciação, né, é eu acho que em vez dos outros esportes, porque principalmente aqui em Londrina o pessoal do kendo é bem unido, né, por isso eles falam que é como se fosse uma família, né?

Quantos praticantes deve ter?

Uns 50, mais né?

A: É, ou que já praticaram….

E ai…

M: Eu creio que entre 50 e 100, que praticam, né?

A:É

M: É.

A: não que vão todos, sempre tenha tudo isso de pessoas naõ…

M: É se for contar alguns que tão parados assim que vão

A: de vez em quando

M: É.é então acaba sendo que nem uma família assim, né?

e bem, bem legal isso ai.

E bom eu gosto q a gente aprende bastante coisas praticando um esporte que não é fácil

A: é isso ai.

M: e que exige bastante fisicamente.

Os treinos são, são meio puxados, assim bem difíceis de aguentar, assim as vezes você esta com preguiça, está cansado, né, acho que a gente aprende bastante coisa, né?

A: Muito.

Não só no treino, mas a gente aprende coisas no treino que dai vai para fora também, a gente cria, uma, não sei, um hábito também fora.

M: É, eu acho… exacto.

Como é que posso dizer… é disciplina, persistência.

A: Persistência, disciplina.

Acho que são..

M: Persistência – eu acho que principalmente, ne?

A: Uhmuhm.

M: Porque o kendo tem que ter muita persistência tem que… é difícil, demora..

A: Não é nem um pouco fácil

M: Eu particularmente… Que nem os professores falam: chega a uma hora que parece que você treina, treina e só fica pior, né?

A: No inicio assim, você começa e só vai “nossa tou super, sou muito bom” você vai ver… você começa a treinar…

M: É no início melhora rápido.

A: É, é. Aguenta os treinos… Depois quando você passa de iniciante para um pouquinho mais assim você aguenta os treinos e tal só que daí você começa a avançar um pouquinho mais e dai já estaguina assim.

(estaguina = português do Brasil, estagna = português de Portugal  do mesmo verbo: estagnar)

M: É depois de um ano e meio, dois ano de treino fica bem difícil de melhorar assim mas isso faz parte desse esporte que é o kendo, esse esporte, essa luta com a espada japonesa.

E bom eu faço, como disse, já pratico há uns 5 anos a Ayla há poucos menos, né?

Legal quando tive no Japão fazendo o intercâmbio tive a oportunidade de praticar lá, conheci alguns professores, os “semsei”, “semsei” é professor em japonês, conheci alguns professores lá do Japão, pratiquei não muito lá, mas pratiquei um pouco e bom e eu acho que o kendo também é uma das coisas boas que tem aqui em Londrina, né, quem visitar aqui a cidade algum dia tem de saber que uma das coisas boas aqui em Londrina e a nossa associação de kendo que e muito legal.

È, bom então é isso, a gente falou um pouco de kendo hoje.

A: Sim

M: Acho que podemos ficar por aqui, né?

A: É acho que não tem muito por onde estender…

M: Então tá, quem quiser, quem gosta de podcast pode ir ao LingQ lá.

O http://www.lingq.com (L I N G Q) e estudar lá, vai ter a transcrição desse texto, você também pode escrever, enviar textos para correcção, fazer discussões comigo mesmo, né, que sou o tutor.

Então é isso aí, até a próxima, tchau, tchau.

A: Tchau.

Mairo and Pedro: two language students

Study the transcript of this episode as a lesson on LingQ, saving the words and phrases you don’t know to your database. Here it is!

Today we have two language enthusiasts, Mairo from Brazil and Pedro from Portugal. They talk about language learning, japanese language, german language, etc. Hoje temos Mairo, do Brasil, e Pedro, de Portugal, dois estudantes de línguas. Eles falam sobre estudos de idiomas, como japonês e alemão, entre outras coisa mais.

Mairo: Alô.

[interjeição usada por brasileiros quando se atende o telefone]

Pedro: Estou [interjeição usada por portugueses quando se atende o telefone]?

Olá.

M: Olá, Pedro, está-me ouvindo?

P: Estou, estou.

M: Está bom o áudio?

P: Está, está.

O que é que aconteceu?

Fui eu que recusei?

M: Não, é que estou testando um programa para gravar o áudio do Skype.

Daí eu fui ligar.

P: Ah para os podcasts

M: É, sim.

Ou para qualquer áudio que eu queira gravar.

P: Ah ok.

M: Mas aí, tudo bem?

P: Tudo.

E Por ai?

M: Eu queria perguntar: você… Faz tempo que você o LingQ lá?

P: O quê?

M: Faz tempo que você conhece o LingQ?

P: Há umas duas semanas ou três

M: Ah é pouco

P: Por altura do Natal.

M: Sim, é pouco tempo, né?

P: Sim

M: Mas e aí, você vem estudando lá?

Eu ouvi que você falou com o Steve que você estudava línguas…

P: Sim, sim, até agora tenho estado lá, tenho estado a estudar o alemão e isso.

Às vezes tento ver alguma coisinha de espanhol, que é para tentar não falar portunhol.

M: E então, eu estava estudando… eu estudo japonês, não sei se você sabe.

P: Já ouvi.

Ouvi há bocado o podcast.

M: Sim é, então… Só que agora eu estou um pouco parado com o japonês.

Eu estou fazendo outras coisas.. e para não ficar, para não ficar parado assim eu comecei a dar uma olhada no espanhol, né?

P: Não precisamos de ter muito tempo disponível para poder rever as coisas com o LingQ.

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M: É sim.

P: Dá jeito.

M: Você chegou a estudar assim espanhol ou só muito pouco?

P: De espanhol tenho um livro, o teach yourself, e então, e como não é muito difícil pronto… agora o alemão tenho de estudar na escola.

M: Sim.

Sim, claro.

Eu também… Eu tenho vontade de perguntar, porque eu estava estudando espanhol…

P: Com o LingQ?

M: Sim e agora comecei a dar uma olhada a alguns dias atrás.

P: Sim

M: Com o LingQ… É… Para a gente que fala português é estranho porque é muito… Como posso dizer?

É fácil de entender, né?

P: Sim, sim.

M: Mas para falar, assim, eu não sei… Parece que se eu fosse tentar falar….

P: Tem muitas armadilhas.

M: Sim.

E aí acaba sempre ficando no portunhol…

P: É. Por isso convém aprender as coisas que são diferentes.

É mais por essa, por isso.

M: Mesmo caso do espanhol… Você acha o quê?

O que a gente teria de aprender?

As palavras mesmo que são diferentes?

P: Exacto, porque eu acho que é fácil comunicar, mas não… para ser correcto é que é mais difícil.

Mas para nós, como falamos português, acho que até é muito fácil.

É uma questão de estudar um bocadinho

M: É umas palavras.

P: Exacto.

E a escrita e a pronúncia.

M: Uhmuhm… Mas o que você estuda mais é o alemão, então?

P: É, o alemão.

Estou a ver se também vejo alguma coisa em inglês mais complicado, mas até agora não tenho feito nada no LingQ.

M: Ah inglês eu sempre penso: “vou estudar inglês agora”, mas acabo nunca estudando, porque eu uso, assim, bastante no dia-a-dia mas, para estudar eu não sei.

Eu não sei porque não dá, assim, vontade de estudar.

P: Ah!

Também não me dá a mim.

É só uma questão… é para aprender palavras e isso, então para ler os livros complicados como o Senhor dos Anéis [Lord of the Rings] ou assim, tenho de aprender as palavras, porque é muito complicado.

M: É muito complicado.

E o alemão é difícil?

O que é que você acha?

P: Quer dizer… Uma pessoa vai se habituando.

Eu só estudo há um ano e três meses e acho que já consigo ter conversas muito simples…

M: Ah então para um ano deve estar bom.

Mas o que é que você acha difícil do alemão?

P: Do alemão?

Não sei… quer dizer as palavras para mim até me entram facilmente na cabeça, sinceramente não sei.

Acho que…

M: Você acha fácil?

P: Sim, quer dizer, gostava de poder aprender mais depressa, mas tudo tem o seu tempo, não é?

M: Com certeza.

P: Então e o japonês é muito difícil?

M: No japonês o que é difícil é a escrita, né?

Os ideogramas.

P: Pois.

M: Porque a escrita é necessária para aprender uma língua, para ler…

P: Exacto.

E no caso do japonês há o Kanji e depois os outros, os silabários.

M: É, os silabários.

Ou silábicos… Eu não sei se é silabários ou silábicos.

P: Não sei, também.

Eu já li em inglês e assim tentei uma tradução rasca.

M: É. Talvez as duas estejam certas não sei.

Mas é o Kanji que é o dos ideogramas e esses silabários que são dois…

P: Exacto: o Hiragana e o Katakana, não é?

M: É. Os silabários são fáceis.

Normalmente eles ensinam silabários, né, os professores, e usam bastante os silabários.

Só que no japonês de verdade…

P: Sim

M: Usa muito Kanji e aí então é difícil.

E aí é uma barreira porque se você não sabe ler e difícil.

No início só os silabários são suficientes, mas a partir de um nível assim intermediário você tem de saber ler, senão não tem como.

P: Pois.

M: É como a nossa língua nativa, né?

P: Claro.

M: Para melhorar a gente tem de ler mais.

P: Exacto e aprender palavras novas, quer dizer!

M: Sim.

Mesmo em português.

P: Exacto.

Todos os dias!

M: É

P: Então, mas há quanto tempo é que aprendes japonês?

M: Há faz tempo, hein?

Faz uns seis anos.

P: Ah.

Pois no início deve ser mais difícil, mas depois com o tempo…

M: É. Na realidade eu comecei há seis anos atrás mas ai eu parei um tempo, uns dois anos, que foi quando eu comecei a fazer faculdade, e no ano passado eu fui para o Japão.

Fiquei lá dez meses.

P: Ah!

Isso deve ter sido muito bom.

M: Foi!

Principalmente na parte da conversação, né?

P: Pois.

M: Que eu aprendi… Só que, mesmo eu tendo estudado alguns anos de japonês é, como e que eu posso dizer… Eu, eu… Foi a primeira língua que eu estudei.

Eu nunca tinha estudado nenhuma outra língua, então…

P: Nem inglês?

M: Nem inglês.

Inglês é uma coisa que eu simplesmente vim usando no dia-a-dia, na Internet e essas coisas, e aprendi naturalmente.

Mas estudar mesmo a língua assim, porque eu queria aprender foi o japonês…

P: Exacto.

Pois o inglês eu comecei a aprender quando era mais pequeno, mas aquilo que me fez aprender foi a Internet também.

M: É, então eu aprendi jogando videogame (videogame = português do Brasil; jogos de consola = português de Portugal), e o computador e essas coisas, mas o japonês é… Eu acho que… Eu vim estudando, eu era bem esforçado principalmente no início,

P: Sim…

M: Mas por exemplo eu nunca fazia listening .

P: Ah sim.

M: Eu estudava só com livro, assim.

Então eu não entendia quase nada, assim.

Eu fui aprendendo.

P: Pois.

Também sabendo só escrever e depois quando temos de falar com alguém cara-a-cara é mais difícil.

M: É. Então e hoje em dia eu acho que eu fiz bastante coisa errada, assim.

Eu não sabia muito como estudar.

Hoje em dia eu acho que se for estudar outra língua não vai ser tão difícil quanto foi o japonês.

Porque talvez eu saiba uns métodos melhores.

Não sei.

P: Pois.

Eu acho que é uma questão de ganhar prática.

M: Sim é, ganhamos prática estudando línguas, né?

P: Sim, sim.

Também sou muito melhor a aprender alemão agora do que quando estava a aprender inglês.

Porque é uma questão de pratica, acho que comecei bem e agora já estou no ritmo.

M: Sim.

É mas é isso, eu continuo estudando japonês mas eu quero, eu tenho 3 línguas que quero estudar, é o espanhol, o italiano e o francês, porque eu acho que a gente que gosta da línguas…

P: Para nós o espanhol está mais…

M: Próximo?

P: Sim.

E tanto no Brasil como em Portugal temos vizinhos que falam espanhol.

E o francês é capaz de ser um bocado mais difícil, mas e mais fácil do que muitas outras línguas.

M: Sim, eu penso que o mais próximo é o espanhol.

P: Pois.

M: Depois o italiano e depois o francês.

P: E depois ainda há o romeno.

M: Sim o romeno também.

Eu não conheço, mas eu acho que é um bocadinho mais distante, não é?

P: É. Acho que é um bocadinho mais distante, não sei se é mais difícil, mas também, mas como também está mais isolado e também não tem tanta fama.

M: É que eu nunca ouvi assim nada de romeno, então não tenho a mínima ideia de como é que é.

P: Já ouvi um bocadinho.

Há partes que parecem um bocadinho português.

M: Ah sim?

P: Parece-se mais com o português do que com o francês, só que depois as palavras e isso deve ser tudo diferente, porque esteve lá ao pé do russo e das línguas eslavas.

Então parece um bocado….

M: É que eu espanhol eu entendo, né.

P: Pois.

M: Eu consigo entender.

O italiano um pouco não tanto quanto o espanhol, mas já o francês eu não entendo nada.

P: Eu francês entendo um bocadinho porque aprendi na escola, mas depois comecei a deixar para trás.

Quer dizer, aquilo, as aulas não… Eram uma grande confusão!

Mas agora se ouvir alguém a falar francês devagar, consigo perceber a maior parte, só que quando vejo televisão não percebo nada.

Portanto acho que depende, depende da ocasião.

M: Sim, é, depende mesmo.

P: Mas quero ver se um dia volto a estudar francês, que é para, sempre deve ser mais fácil estudar agora do que quando comecei.

M: Com certeza.

E você é novo.

Você tem quantos anos.

Dezassete, né?

P: Dezassete.

M: Né, não parece, né?

Pela voz.

P: Ah!

Deve ser do microfone.

A little bit about Mairo

Study this episode and any others from the LingQ Portuguese Podcast on LingQ! Check it out.

Mairo talks to Steve about his studies and his interest in languages. Steve is confused about the geography of Brazil and struggles with his limited Portuguese. Most future podcasts will feature only native speakers!! Mairo conversa com Steve sobre seus estudos e seu interesse em línguas. Steve está confuso sobre a geografia do Brasil e esforça-se com seu português. Os podcasts futuros deverão trazer somente falantes nativos!

Steve – Bom dia, Mairo! Mairo – Bom dia Steve! S- Como estás? M- Eu estou bem e você? S- Muito bem, tudo bem, tudo bem.

Você é estudante em Londrina. M- Sim eu sou estudante em Londrina. S – Estudante de que matéria?

De que tema? M- Eu actualmente faço a faculdade, universidade de letras que é português e inglês, estou no último ano e eu também estudo japonês.

Por fora da faculdade.

Basicamente eu estudo línguas como você.

S- Porque você não estuda a língua japonesa na universidade? M – Primeiro porque não tem aqui na universidade, nessa universidade de londrina não tem habilitação, não tem a língua japonesa.

Só tem o inglês e aí eu acabei estudando o inglês e deixei o japonês por fora.

Mas é melhor porque daí eu posso estudar o japonês por minha conta.

E isso é mais divertido, mais sossegado. S- Não há uma faculdade de língua portuguesa na Universidade de Londrina? M – Língua Japonesa ou portuguesa? S – Língua Japonesa. M – Sim japonesa.

Em londrina não, mas em algumas cidades maiores, como São Paulo.

Você conhece?

Eu acho que você conhece São Paulo. S – Eu conheço.

Sim.

Em São Paulo há muita, muita gente de origem japonesa.

M – São Paulo é a maior…não é a capital do Brasil, não é. A capital é Brasília e em Brasília tem faculdade de japonês também, mas onde tem mais pessoas descendentes de japoneses é em São Paulo e lá tem.

Na USP, que é uma das maiores universidades do Brasil, tem o curso de língua japonesa.

Mas eu acabei optando por fazer inglês aqui porque também a faculdade não é somente inglês, envolve línguas e outras coisas.

E aí eu acabei ficando por aqui em Londrina mesmo. S – Há outras línguas, outras que inglês, na faculdade? M – Inglês. S – Só inglês?

Não francês, espanhol…? M – Não.

Tem espanhol e francês. S – Espanhol e francês. M – São outros cursos, né?

(informal não + é = né) S- E quantos estudantes há na Universidade de Londrina? M- De londrina?

Crio eu que uns vinte e cinco mil. S- E a cidade de Londrina?

Qual é a população de londrina? M – Uns 500 mil.

Mas acontece que aqui em Londrina, como é uma cidade do interior… Sabe o que é o interior? S – Sim.

E como é o clima, o clima em Londrina?

É parecido com o clima de São Paulo?

Ou é diferente? M – Sim é parecido.

É quente.

São Paulo é quente.

Parece um pouco com São Paulo.

Talvez São Paulo seja até um pouco mais frio.

Mas aqui em geral não faz muito frio, não.

É calor a maior parte do ano.

Não tanto como o Rio de Janeiro, o Rio de Janeiro é bem mais quente.

S – Quantos quilómetros de São Paulo a Londrina?

(incorrecto: A quantos quilómetros de distância está Londrina de São Paulo?

) M – Não sei.

De Londrina?

Quantos quilómetros eu não sei. S – Não sabe. M – Eu sei é oito horas de ônibus.

(ônibus = português do Brasil.

Autocarro = português de Portugal). S – 8 horas de ônibus.

M – É. S – E Belo Horizonte? M – Belo Horizonte eu não sei, mas é mais longe.

É mais longe. S – Mais longe.

Mais no interior do que Londrina? M – Como assim?

Não estou entendendo. S – Se Belo Horizonte é mais no interior, mais a oeste de Londrina? M – Belo Horizonte é mais longe que São Paulo. S – Em que direcção? M – Noroeste. S – Noroeste… M – Noroeste não.

Nordeste, nordeste.

Agora eu me compliquei. S – Eu não tenho uma boa ideia da geografia do Brasil M – Não, eu também não. S – Ok. M – Sabe é porque eu nasci no Rio Grande do Sul, que é o estado mais ao sul do Brasil.

S – Perto do Paraguai? M – Perto do Uruguai. S – Uruguai. M – Perto do Uruguai.

Tanto que o meu português… eu falo com um pouco de sotaque do sul.

Um pouco só, porque eu perdi.

E aí eu vim para Londrina, que ainda é no sul do Brasil, e então essas regiões mais para o norte do Brasil, ou mesmo no centro, eu não conheço muito.

Acabei não viajando muito pelo Brasil. S – Se vais ao norte é ainda mais quente que no sul? M – Sim, ainda é mais quente. S – É mais perto do equador? M – É. Da linha do Equador.

O sul do Brasil é bem frio.

É bem frio, mas não tem neve. S – Quais são as principais actividades comerciais, económicas, no sul do país? M – Muita actividade agrícul.

(agrícul = português do Brasil.

Agrícola = português de Portugal) … Eu acho que tanto plantação tanto como criação de gado.

Criação de gado é criação de bovino, bois, vacas, né?

Tanto que o sul do Brasil, não aqui no estado que estou que é o Paraná, mas sim no Rio Grande do Sul onde eu nasci, é um estado famoso pelo churrasco.

Você conhece churrasco?

S – Uhmuhm. M – Sim, porque é um estado que tem muita criação de boi, vaca, bovinos, né? S – E a gente come sobretudo carne de vaca? M – Sim, come carne de vaca.

No Rio Grande do Sul come-se vaca, ovelha também, bastante. S – E as pessoas bebem vinho ou cerveja, ou quê?

O que bebem, o que é mais popular? M – Mais popular é a cerveja. S – Cerveja.

Mais popular do que o vinho? M -Sim, mas o Rio Grande do Sul, o estado do Rio Grande do Sul, ele tem a imigração de italianos, espanhóis, e então… alemães também.

Então tem por exemplo a festa do vinho no Rio Grande do Sul, tem muita plantação de uva, né?

Então, mas tem essa tradição, mas no final o mais popular, assim mesmo, o que o pessoal mais bebe, eu acho que é a cerveja. S – A cerveja, ok.

Muito interessante.

Vamos falar até aqui, ok? M – Ok. S – Muito obrigado, muito obrigado.

E até à próxima. M – Até à próxima. S – E desculpa-me pelo meu português, que é muito ruim, muito mau. M – Não, eu acho que está muito bom. S – Adeus. M- Adeus.

Ana-Paula, mother and IT expert

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Steve talks to Ana-Paula, a professor in IT and a mother of twins from Belo Horizonte, Brazil. Apologies for Steve’s poor Portuguese but he is determined to improve. (Steve conversa com Ana Paula, uma professora de IT e mãe de gémeos em Belo Horizonte no Brasil. Desculpas pelo português do Steve, entretanto ele está determinado a melhorar).

Steve: Bom dia, Ana.

Ana: Bom dia, Steve.

S- Como está, estás?

A- Estou muito bem, e você?

S- Estou muito bem, muito bem, obrigado.

Aqui em Canadá é “amanhã”.

E você em Brasil?

A- Você esta dizendo que no Canadá é de manhã.

Aqui no Brasil são dez para as três da tarde.

S- Ah.

O que está fazendo?

A – Eu estava fazendo alguns backups de alguns materiais que tenho, porque vou ter de formatar o meu computador.

S – Você gosta de trabalhar com o computador?

A – Eu gosto de trabalhar com o computador, na verdade eu sou professora de um curso de ciências da computação, então eu, o meu trabalho é com o computador e é sobre o computador

S- E quando você é … estudar, trabalhar com o computador?

A- Desculpe, eu não entendi a sua pergunta.

S – Quando, em que tempo.

Em que idade você … trabalhar, utilizar com o computador?

A- em que idade?

S- Em que idade “tiene” (espanhol).

“Empezar” é espanhol.

Em português é começar.

S- Em protuguês é?

Começar.

S – Começar, começar.

Ok.

Quando começar (conjugação correcta: começou) a utilizar o computador?

A – Eu tive o primeiro contacto mais ou menos aos doze, treze anos, mas depois disso eu fiquei muitos anos sem mexer com o computador.

Até que eu entrei para a faculdade.

Eu fiz faculdade de física e durante a faculdade eu fiz alguns cursos de programação.

E depois é que eu fui trabalhar com ciências da computação, foi no mestrado que eu comecei.

Eu não sei se você conseguiu entender o que eu falei.

S – Eu entendo, eu não falo muito, mas eu entendo.

Desculpa-me, mas o meu português é muito mau.

A -Muito

S -Como você sabe eu comecei a estudar português na semana passada com audio-livros que eu comprei do Brasil.

é muito agradável.

Eu entendo mas eu falo muito ruim, muito mal.

Mas você é professor de física ou de quê, de que tema?

A – Eu sou formada em física, eu fiz física na faculdade, mas depois eu comecei a trabalhar com ciências da computação.

E o meu mestrado já foi em ciências da computação.

Eu costumo ensinar disciplinas de programação, desenvolvimento de software, e agora no doutorado (português do Brasil.

Doutoramento em português de Portugal) eu estou trabalhando com processamento de imagens.

Se eu falar um pouco mais devagar, não sei se isso melhora ou piora para você.

S – Melhora para mim e também para os alunos do LingQ que podem escutar.

Mas eu… Talvez… Tenhamos estudantes mais avançados e estudantes como eu, principiantes.

Então você pode falar devagar, pode falar rápido, acredito que as duas são boas.

Não importa.

Você também tem muito interesse pelas línguas?

A – Sim, eu gosto de línguas de uma maneira geral, mas sempre fui um pouco freada acho que pelos métodos tradicionais.

Na semana passada eu me lembrei que com oito anos de idade eu pedi para começar a aprender inglês.

Eu pedi aos meus pais.

Eu queria… Não me lembro qual foi a motivação que eu tinha aos oito anos, mas eu queria aprender.

Só que depois de alguns meses, a criança acaba perdendo o interesse, porque os métodos tradicionais são muito chatos mesmo.

E actualmente eu recomecei a trabalhar no inglês, porque com o doutorado a minha necessidade de escrever e falar em inglês aumentou muito.

Eu estava muito restrita ao inglês técnico: eu não conseguia ler um livro, eu não consiga ler um jornal – Eu só conseguia ler artigos técnicos e isso estava-me chateando.

e eu não conseguia também entender quase nada de ouvido.

E eu estou trabalhando há quatro meses com o lingQ e isso já mudou muito.

Eu consigo entender bastante bem o inglês agora ouvindo, né.

Até porque no lingQ se trabalha muito com áudio e eu melhorei bastante o meu vocabulário e bastante a minha escrita.

Essa semana eu escrevi um artigo de quatro páginas que eu acho ficou bastante bom e eu estou bastante satisfeita com isso.

S – Você fala muito bem inglês e escreve muito bem inglês.

A – Obrigada

S – Você tem filhos, filhas?

A -Eu tenho um casal de filhos.

São gémeos.

S- Gémeos?

A- Sim, é uma loucura.

É uma linda loucura.

S- Qual é a idade deles?

Como se diz… Quanto anos tem?

A – Cinco

S – Cinco anos!

Muito trabalho?

A – Sim, muito, muito.

Ninguém que não tenha gémeos pode imaginar a quantidade de trabalho que eles dão.

S- Vais continuar com mais crianças?

A -Se eu quero ter mais filhos?

Não, não… Esse é o meu limite.

S – Limite?

Ok.

Em Brasil, a gente aprende inglês e também outra língua?

A gente…

A- As pessoas

S- ..aprende por exemplo espanhol ou francês?

A- O mais comum é o inglês.

Principalmente a classe media é muito ligada a cultura norte-americana, então as pessoas aprendem muito inglês.

Com o mercosul, o governo está tentando colocar espanhol nas escolas públicas, mas isso não foi muito difundido ainda não.

S – Mas se você esta ouvindo, ouve espanhol… você pode compreender, mais ou menos, não é?

A- Eu há poucos anos eu tive na Colômbia a trabalho.

Eu tive muita dificuldade.

Eu achava que era fácil, mas eu tive uma certa dificuldade de entender uma boa parte do que eles diziam.

Há um ano atrás eu tive de estudar um pouco espanhol por conta do douturado.

Eu tinha de ter duas línguas: então eu estudei intensamente o espanhol, para fazer uma prova e para ter o certificado.

Mas… e eu consigo entender bem melhor o espanhol agora.

Mas o meu espanhol é meio portunhol.

S – Meio portunhol.

Para você é mais fácil entender inglês do que espanhol, agora?

A – Hoje?

Não.

Hoje é o espanhol.

S – Ok.

Bom, muito obrigado por esta discussão.

Desculpa-me pelo meu português, muito, muito limitado.

Mas eu vou conseguir estudar e espero que depois de meio ano poderei falar melhor.

A -Ok

S- Muito obrigado.

Adeus.

A- Adeus

S – Até logo, até la próxima vez.

Se pode dizer?

Ah!

Até à próxima vez.

A -Sim, até à próxima vez.

Informalmente, seria até à próxima.

S- Até à próxima.

Até à próxima.

Muito obrigado.

Adeus.

A- De nada.

Pedro, a language enthusiast from Portugal

Study the transcript of this episode as a lesson on LingQ, saving the words and phrases you don’t know to your database. Here it is!

Steve talks to Pedro, a language student from Portugal. Steve has been working on his Portuguese for the last week but sounds more Spanish than Portuguese. (Steve conversa com Pedro, um estudante de línguas de Portugal. Steve esteve trabalhando com seu português na última semana, porém ainda parece mais espanhol do que português.)

Steve – Bom dia Pedro

Pedro – Bom dia.

Tudo bem?

S – Tudo bem, tudo bem.

Como estás?

P – Estou bem, obrigado.

S – Diga-me, você é estudante, não?

P – Sim.

Estou na escola secundária em Portugal perto de Lisboa, estudo línguas.

Latim, alemão.

Agora não estou a aprender inglês, mas continuo a ler muito.

Também…

S – Mas você fala muito, muito bem inglês.

P- Obrigado.

Também falas bem portugues para quem só aprendeu em três meses e só agora retomou há uma semana.

S – E agora estás aprendendo alemão, também.

Fica difícil?

P- Há um ano.

Como?

S – Fica difícil?

É difícil para aprender alemão?

A língua alemã?

P – Não é muito, quer dizer: é com o tempo.

Já aprendo… Comecei a aprender o inglês há uns dez anos… O alemão também leva o seu tempo.

Com o latim é que não faço muitos avanços porque o método com que se aprende é muito parado.

Muito aborrecido.

S – Gosta muito aprender alemão?

P – Sim, Sim.

Adoro.

Tento praticar tanto quanto posso, mas como não consigo perceber ou nem expressar-me.

Mas o sistema do lingq tem funcionado muito bem comigo.

Já aprendi muitas palavras.

S- É uma língua importante em Portugal, a língua alemão, alemã?

P – É importante porque não há muita gente a falá-la.

O inglês quase toda a gente jovem sabe falar, melhor ou pior, mas toda a gente consegue desenrascar-se.

Enquanto que com o alemão há menos gente e por isso há mais oportunidades.

Há mais necessidade de gente que saiba falar alemão.

S – Quando eu fui a Portugal, fui muito surpreendido pela quantidade de gente que fala muito, muito, muito bem inglês em todos os lugares.

Em geral os portugueses falam melhor inglês do que os espanhóis.

P – Acredito que sim, até porque em Espanha normalmente os filmes são dobrados, as pessoas falam por cima, enquanto que aqui assistimos a tudo em inglês ou alemão, na língua em que estiver, e lemos as legendas.

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S – Isso é muito importante, como em Suécia, em Holanda.

Aí é também todos os programas em televisão são em língua original?

P – Exacto, têm a tradução por baixo.

S – Exacto.

Que tipo de trabalho quer fazer?

P – Eu gostava de poder de pesquisar em sítios históricos, por isso é que eu gostava tanto de aprender latim… mas não faço ideia, quer dizer… gostava de poder estudar mais línguas clássicas como hebraico antigo, aramaico, grego antigo.

Mas eu sou um pouco selvagem nisso, porque quero aprender todas as línguas, é o inglês, é o árabe, o chinês e tudo.

Não me sei contentar com nada, por isso não sei bem o que quero fazer.

S – É possível que esse interesse pelas línguas talvez … então você vai fazer uma carreira de académico?

P – Talvez, mas tamben gostava de entrar em contacto com as pessoas, com… para poder usar as línguas… porque se for aprender só por aprender mais valia não fazer nada.

E eu gostava de entrar em contacto com as pessoas, gostava de poder ler livros nessas línguas.

Gostava de poder viajar.

S – Eu acredito que aprender os idiomas é um… tem a sua recompensa em si mesmo.

P – É verdade.

S – Ainda se não é possível usar esses idiomas em o trabalho, mesmo assim vale a pena.

Se pode utilizar no trabalho ainda melhor, ainda melhor.

P – Sim, porque para já melhoramos e depois temos um sentido de satisfação maior.

Porque se eu não usar o inglês durante uns meses começo a ficar enferrujado, enquanto que se continuar a ler, a falar, me habituo mais e fico melhor.

Retiro satisfação porque posso comunicar com gente nova.

S -É sempre, para mim… Para mim é sempre um prazer quando posso utilizar uma língua para comunicar com a gente, se é só para ler ou para escutar os livros, o que seja, para participar numa outra cultura isso já dá-me muito.

Dá-me muito.

Compreende?

P – Sim

S – Eu me explico muito mal em português.

P – Não, não, não eu estou a perceber tudo, estou a perceber tudo.

S – Agora que des…descoberto.

P – Descobriu…descobri.

S – Agora que descobri esses audio livros do Brasil.

Para mim é muito, muito agradável.

Muito muito, muito prazer.

P – Foi o que se passou quando descobri o lingq, há duas ou três semanas.

S – Ai sim?

P – Sim, posso ouvir…

S – Mas você é um estudante muito, muito sério.

Todos os portugueses, estudantes portugueses são tão sérios que você?

P – Não acredito.

Duvido muito.

Mas normalmente as pessoas lutam para ter uma boa nota e chega.

Mas eu também não sou propriamente um exemplo de estudante, a única coisa em que me aplico e alemão, latim, inglês, talvez um pouco com a literatura, mas é um pouco confusa para mim… de resto não… e eu também não me esforço muito com estas, porque normalmente não preciso de me esforçar, é fácil tirar boas notas, o que não quer dizer que saiba falá-las fluentemente.

E é por isso que agora estou a dedicar-me mais ao alemão, porque apesar de ter vintes como nota, no final do ano não tinha a satisfação de usar a língua.

S – E gosta do lingq?

P – Gosto muito.

Até agora tem sido bom porque posso guardar as palavras e quando leio outro texto posso não reocnhcer uma palavra mas se já a tiver guardado posso acessá-la mais depressa.

(gramar error

S – espero que este ano vamos fazer muito progresso no desenvolvimento do sistema.

Temos trabalhado muito.

Temos dois programistas.

P – Programadores

S – Programadores.

E acredito que em os últimos seis meses não temos visto muito progresso no sistema.

Acredito que a partir de agora teremos muitos locais que são preciso melhorar e vamos melhorar o sítio.

P – Mas pelo que percebi o lingq só tem uns cinco meses, qualquer coisa assim

S – Uhmuhm

P- Então está muito bom.

está a avançar até rápido, acho eu.

S- Obrigado, muito obrigado.

E espero que tenderia a oportunidade de falar outra vez..

P- Ah sim.. eu…

S – E talvez agora vamos dizer.. Salud?

Adios?

P – Adeus.

Adeus.

Vamo-nos despedir.

S – Até logo

P – Até logo ou até amanhã.

S- Até amanhã!

P- Só mais uma coisa, já traduzi os primeiros capítulos…